quinta-feira, 26 de junho de 2008

NÃO ME FALARAM DE CRISTO



Teve uma época em minha vida que decidi conhecer Jesus.
Foi um desejo latente e apaixonante, daqueles que vem para transformar a nossa vida.

Busquei-o em muitas formas e em todas as formas o “jesus” tinha uma forma que não era a sua própria forma.

Então, como Arquimedes a gritar “eureka!” pelas ruas, acendeu na lógica racional de minha mente procurá-lo onde Ele pode ser revelado de uma maneira especial e autêntica: na Bíblia.

Foi então que pude ter a experiência mais complexa e extraordinária de minha vida: conhecer Jesus Cristo através de Jesus Cristo.

Isso mesmo!

Quando nos debruçamos nas páginas eternas das Escrituras Sagradas vamos ter um contato com a Revelação Especial de Deus para as nossas vidas. Passamos a conhecer Jesus sem nenhum óculo teológico-doutrinário-político de plantão. Isso quando estamos dispostos a fazer de nossa leitura um momento de verdadeira alimentação espiritual e divina. Não lendo a Bíblia para combater essa ou aquela pessoa; essa ou aquela religião, mas, para encontrar O caminho, A verdade e A vida.

Descobri, então, estupefato, que não haviam me falado de Jesus Cristo.

Muitos me falaram de religião, e essa como uma instituição de regras humanas e imposições amargas, que perturbam e traumatizam os corações, que amputam sonhos e achatam as intenções mais puras e íntimas de nosso ser.

Outros me falaram filosofias infindáveis e neuróticas, de verdadeiras viagens teóricas e devaneios lúdicos onde os questionamentos brotam como incontáveis ondas existenciais mas não se tem nada de concreto, alias, nem o nada é alguma coisa.

Ah! Falaram-me também, de um camarada zangado e enfezado que lançava raios e maldiçoes sobre tudo e todos e exigia tudo e não se satisfazia com nada. Andava sempre de olho com aquele jeitão de um disciplinador severo, pronto para castigar a qualquer momento.

Sabe o que mais?

Falaram-me de um deus cheio de barganha e negociações tolas e desfavoráveis. Que afirmavam que ele lhe concedia uma graça, mas essa graça precisava ser paga com uma promessa ou voto. Então quase entrei em parafuso!

Se é graça é graça.

Porque se for preciso pagar, nem que seja uma porção de areia da praia, na beira do mar para obter uma graça, já não é mais graça e sim barganha.

Então, as paginas da Bíblia foram como um copo de água para um sedento viajante do deserto. Foi como despertar de um torpor que alucinava e alienava de qualquer compreensão exata do Ser de Cristo.

Nela, o Espírito Santo revelou (por que é o Espírito Santo que orienta as nossas leituras e orações) um Jesus Cristo que me faz repousar tranqüilo, de quem eu posso aprender e suportar o fardo porque ele é leve, encontrei um Jesus que não fica pendurado eternamente num madeiro ou está numa região celeste inalcançável pelo pecador de modo que tem a necessidade dos “santos” para interceder.

Não! Esse Jesus Cristo habita com todos aqueles que lhe recebem como o Senhor de suas vidas e junto com o Pai faz morada em cada um de nós, transformando-nos em fontes vivas que jorram para a eternidade.

Esse Jesus é o meu pão diário onde minha fé é renovada e o meu espírito fortalecido.

Esse Jesus cura as minhas mais uterinas feridas e meus mais profundos traumas dando sentido para a minha existência.

Esse Jesus faz explodir dentro de mim a fé, o amor e a esperança que transforma o mais miserável ser em sal e luz da terra.

Esse Jesus jamais me desampara e me conduz para o seio do Pai para todo o sempre.

Eu andava perdido e desgarrado, mas foi achado por ti Senhor.

Um comentário:

Amar é Viver disse...

Gostei muito jofre, principalmente nesta parte.

"Esse Jesus é o meu pão diário onde minha fé é renovada e o meu espírito fortalecido.

Esse Jesus cura as minhas mais uterinas feridas e meus mais profundos traumas dando sentido para a minha existência."