terça-feira, 13 de maio de 2008

A IGREJA DE CRISTO TEM QUE SER "ACESA"


Sejamos sinceros! A Igreja de Cristo não tem nome! Ela é a universal assembléia dos eleitos (Hebreus 12.23). Ela não tem dono, pois é propriedade exclusiva de Deus (1ª Pedro 2.9). Ela não tem cabeça além de Jesus Cristo (Efésios 1.22). Ela é a expressão corpórea e visível do Deus invisível (1ª Coríntios 12.27), constituída para ser benção a todas as famílias da terra, dando continuidade a missão recebida por Abraão (Gn 12.1-3).

Placa de igreja não leva ninguém ao céu. Mas, sem a graça e a misericórdia do Salvador, nem sequer acertamos o caminho. Porque Ele é o Caminho, a Verdade e a vida (João 14.6).

No entanto, olhamos para a instituição “Igreja” e nos perguntamos como saber se a sua conduta coaduna com o ideal de Jesus quando institui a sua Igreja? O que a Igreja Cristã precisa realmente ter para que possamos provar o sal e a luz do seu testemunho?

Ora, a Igreja de Cristo tem que ser “ACESA”!

Mas em que consiste essa afirmação aparentemente casual e simplista?

ACESA é um acróstico que usamos para identificar a intrínseca relação da Igreja com aqu’Ele que é a Pedra Angular, a saber, Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Traduzindo em miúdos:

A = ADORAÇÃO

A Igreja de Cristo deve ter como principal missão a adoração ao Senhor. Esse o primeiro e grande mandamento. Disse Jesus: “Adorai ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento” (Mateus 22.37,38).

Quando esteve com a mulher samaritana o Senhor Jesus esclarece o caráter dessa adoração: “Deus é Espírito, importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24).

Ao perceber algo além do que Deus permitiu em seu Templo, Ele expulsa-os energicamente e declara: “A minha casa é casa de oração” (Marcos 11.17).

O mandamento incondicional de adorar ao senhor não consiste tão somente em reuniões animadas pelos brados estridentes de: “glórias” e “aleluias”, mas consiste numa atitude reverente de santidade em todo tempo e lugar. Para o adorador não existe a dicotomia: na igreja, no domingo de um jeito. No mundo, da segunda em diante de qualquer jeito. Na Igreja é uma graça, no mundo uma desgraça. Porque toda a sua vida é um constante louvor a Deus. Em seu trabalho, em sua escola, com a sua vizinhança, praticando esporte, seja o que for e onde for Deus estará sendo glorificado. Afinal, a Bíblia propõe um Culto racional, pelo qual experimentamos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Romanos 12.2).

A Igreja deve fazer assistência social, buscar a justiça, defender os pobres, contribuir para a transformação da sociedade, mas, nenhuma destas necessidades pode ocupar a primazia que pertence exclusivamente a adoração.

C = COMUNHÃO

Na Igreja de Cristo deve imperar o desejo ardente de comunhão entre os seus membros. Disse Jesus: “...e amai ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).

Sem comunhão inexiste uma benção real e profunda para aqueles que compõem a Igreja. Havendo comunhão o Senhor ordena a Benção e a vida para sempre, essa é uma condicional inegociável na Palavra, veja o que diz os Salmos 133.3: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”.

Quando falamos de comunhão não estamos apenas explanando o desejo que deve haver dos irmãos quererem estar juntos em muitas oportunidades. Mas é também estar prontos para ajudar a levar as cargas uns dos outros. Ter moderação e boas palavras. Querer o bem e estar sempre pronto e disposto a perdoar, por mais difícil que possa parecer. O perdão é uma outra realidade, também, inegociável na Palavra de Deus. Disse Jesus: “Perdoa-nos as nossas dívidas, ASSIM COMO nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12).

Sem perdão, a Igreja não é de Cristo.

E = ENSINO

Jesus, quando evangelizava tinha uma profunda identificação com as comunidades que visitava. Sentia seus problemas e dificuldades, mas não chegava com soluções místicas ou mágicas. Ele começava sua campanha ENSINANDO E PREGANDO: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 4.23).

O comissionamento dos apóstolos trás uma ênfase no ensino da doutrina de Cristo que produzia a capacidade de crer: Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28.20).

Na Igreja Primitiva, os apóstolos ordenaram os diáconos para que eles pudessem dedicar sua vida na ministração da Palavra e no ensino: “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (Atos 6.4).

Dentro do contexto atual, é função da Igreja ensinar o Caminho do Evangelho, a doutrina de Cristo, mas, também, deve participar de meios pelos quais possam ajudar a diminuir o fosso das desigualdades educacionais do lugar onde ela está estabelecida.

A Igreja de Cristo não produz ignorância, alienação nem fanatismo, mas trabalha pela transformação da sociedade contribuindo com o enriquecimento educacional. “Crescei na graça e no conhecimento” (1ª Pedro 3.18).

S = SERVIÇO

O crente que não está disposto a servir, a ser um humilde servo de Deus, trabalhando em sua Igreja, aconselho a procurar outro lugar para estar. Pois o cristão é antes de tudo um SERVO: “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.(João 13. 13-15).

Cristo é o nosso modelo e exemplo, vejamos o que Ele declara a respeito do serviço: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para [servir] e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45).

A Igreja de Cristo não o palco das grandes atrações artísticas, não é o salão de exibição dos dons carismáticos, nem a galeria dos ilustres intelectuais da fé, mas é o redil santo dos SERVOS de Deus, adquiridos por Cristo através do seu sangue no calvário.

A = ANUNCIAÇÃO (PROCLAMAÇÃO)

A Igreja de Cristo não departamentaliza o Evangelho, nem delimita a graça de Deus. “Sou pentencostal, não quero assunto com reformado”; “sou reformado, não creio em dons assim, nem assado”; “sou liberal, não creio em milagres”; “Sou do evangelho social”, etc. Não! A Igreja de Cristo anuncia o Evangelho da graça irresistível de Deus em Cristo Jesus, por meio do Espírito Santo. Cristo nos ensina o que pregar: “Ide por todo o mundo, e pregai o EVANGELHO a toda a criatura” (Marcos 16.15).

Não somos autorizados a pregar o nosso evangelho: “Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo” (‘1ª Coríntios 1.12).

A Igreja não tem necessidade de se enveredar por caminhos filosóficos ou ideológicos. A Igreja de Cristo não vive de conceitos, preceitos, preconceitos nem legalismos, mas da graça de Deus e do Evangelho de Cristo, porque é essa mensagem que conduz o homem ao conhecimento da salvação: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.16,17).

A Igreja de Cristo é ACESA!

ADORA

COMUNGA

ENSINA

SERVE

ANUNCIA

Solus Christus.

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